São Paulo promove o 1º Congresso Brasileiro de Atuação Interdisciplinar nas Defensorias Públicas
“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”
A Defensoria Pública de SP realizou entre os dias 13 e 15 de agosto 1º Congresso Brasileiro de Atuação Interdisciplinar nas Defensorias Públicas, com o tema “Múltiplos olhares revisitando o fazer jurídico”. O evento foi organizado pela Assessoria Técnica Psicossocial (ATP), com apoio da Escola da Defensoria Pública (Edepe).
Cerca de 500 pessoas se inscreveram para o Congresso, entre Psicólogos, Assistentes Sociais, Defensores Públicos, Cientistas Sociais, Pedagogos, estudantes e profissionais de outras instituições jurídicas, com participantes de 12 diferentes Estados do Brasil. “No total, foram apresentados 91 trabalhos das mais diversas áreas, com 7 mesas de debate, 57 apresentações orais e 27 painéis, além de apresentações de conferencistas convidados”, destacou a Psicóloga da ATP Paula Rosana Cavalcante durante a abertura do evento. Veja a programação completa.
“O objetivo do Congresso é promover um encontro ampliado de profissionais de diferentes especialidades para discutir, compartilhar, dar visibilidade e produzir conhecimento acerca da intervenção interdisciplinar na Defensoria Pública”, explicou a Assistente Social Melina Machado Miranda, da ATP.
O Defensor Público-Geral de SP, Rafael Vernaschi, também participou da mesa de abertura, quando ressaltou a importância da atuação de profissionais com outras especialidades para encontrar soluções eficazes aos casos que chegam diariamente à Defensoria Pública. “Essa percepção, aliada à uma demanda da própria sociedade civil, levou à criação dos Centros de Atendimento Multidisciplinar (CAM), inicialmente com 30 Psicólogos e 17 Assistentes Sociais. Hoje, pelo menos uma dupla está presente em todas as unidades da Defensoria Pública paulista, atuando juntamente com os Defensores Públicos”, relatou.
No mesmo sentido, o Diretor da Edepe, Danilo Mendes, afirmou que a Defensoria Pública foi criada justamente para atender demandas que até então não eram muito bem tratadas pelo sistema de Justiça, muitas das quais fogem do atendimento meramente jurídico. “Por isso, é muito importante que nós tenhamos essa capacidade técnica de tratar as demandas de forma complexa, em sua integralidade. A programação deste Congresso demostra esse trabalho desenvolvido pela instituição”, pontuou.
Primeiro evento do tipo a ser organizado em âmbito nacional, o Congresso também visa qualificar o atendimento às pessoas que recorrem aos serviços da Defensoria Pública, mediante o compartilhamento de experiências de sucesso das Defensorias e a construção de diretrizes para atuação de equipes interdisciplinares.