Atendimento Digital a Mulheres e Crianças em Situação de Violência
A partir de parceria firmada em 2022 com a Secretaria de Segurança Pública, a Defensoria pública iniciou o atendimento inicial especializado às mulheres vítimas de violência doméstica, implementando fluxos diversos e, por vezes, alternativos, a fim de garantir não só aquele que mais ampliasse a disponibilização da assistência jurídica integral a essa população, mas também que melhor qualificasse o atendimento prestado. Os dados colhidos durante esse período permitem concluir pela existência de efetivo potencial de ampliação do atendimento direto pela Defensoria.
O atendimento inicial especializado a essa população, executado pelas Defensorias de Atuação Estratégica, passará a ser disponibilizado em todos os Municípios que não contem com unidade da Instituição.
Em razão da sensibilidade do tema e da necessária capacitação, a proposta pretende deslocar o atendimento inicial à mulher em situação de violência doméstica para o atendimento inicial virtual, também proposto nesta oportunidade.
Ainda, em observância ao princípio da primazia absoluta da criança e do adolescente e dada a sensibilidade do tema, entende-se que melhor se adequa à estrutura de especialização pensada para o direcionamento das Defensorias de Atuação Estratégica, que também o atendimento especializado à criança vítima de violência se insere neste feixe de atribuições.
Mulheres e crianças hipossuficientes em situação de violência doméstica e familiar e que residam em município desprovido de unidade da Defensoria Pública.
Ausência de assistência jurídica integral e gratuita para mulheres e crianças em situação de violência que residem em cidades sem atendimento direto da Defensoria Pública.
Falta de divulgação adequada dos direitos das pessoas em situação de violência e das formas de garantir esses direitos;
Falta de referência da Defensoria como uma opção de apoio para vítimas, dada a ausência de unidade da Instituição no Município;
Baixa integração da rede de atenção especializada existente nos municípios com Sistema de Justiça.
Desenvolvimento de um atendimento digital multidisciplinar, com estratégias de busca ativa, capacitação do pessoal envolvido e parcerias estratégicas com rede de serviços, viabilizando integração entre atendimento local e atuação digital da DPE, com encaminhamento para a assistência suplementar de demandas que exijam judicialização.
Estabelecer um sistema eficaz de atendimento digital, interligado com a rede de atenção existente, para amparar mulheres e crianças em situação de violência, proporcionando apoio jurídico, psicológico e social.
- Potencializar o acesso das mulheres e crianças a seus direitos, buscando auxiliar no rompimento do ciclo de violência;
- Referenciar a Defensoria Pública como instituição de atendimento às vítimas de violência.
- Oferecer um atendimento multidisciplinar (promover acolhimento e práticas sensíveis de atendimento), em articulação com a rede local;
- Estabelecer parcerias com organizações e entidades relevantes;
- Promover sensibilização e capacitação das equipes da Instituição.
- Ferramentas para atendimento e acolhimento por vídeo;
- Equipes de atendimento, de apoio administrativo e CAM dedicados ao projeto;
- Defensores/as Públicos/as para supervisionar esse tipo de atendimento multidisciplinar, em regime de acumulação das Defensorias de Atuação Estratégica.
- Ferramentas de mobilização e canais de interação com a rede local de atendimento (como o MAE no DOL);
- Material de comunicação e educação em direitos digitais;
- Convênios para encaminhamento dos casos que demandem atuação na esfera judicial;
- Monitoramento dos dados referentes aos atendimentos, inclusive para subsidiar a realização de Atividades Itinerantes e a atuação das Defensorias de Tutela Coletiva.
- Produzir mapa regionalizado da rede de atenção às mulheres vítimas de violência;
- Estebelecer parcerias para busca ativa em cidades prioritárias;
- Desenvolver e implementar ferramentas e fluxos de atendimento via vídeo;
- Capacitar o quadro de pessoas envolvidas nesses atendimentos;
- Desenvolver e implementar estratégias de mobilização da rede local de atenção às mulheres vítimas;
- Adaptar os fluxos e ferramentas de agendamento;
- Produção de relatórios com as informações decorrentes do monitoramento dos atendimentos.
- Sistema de atendimento digital com ferramentas de vídeo;
- Equipe de atendimento capacitada e sensibilizada;
- Materiais de divulgação e sensibilização sobre os direitos das mulheres e crianças vítimas de violência;
- Fluxos de atendimento personalizados para o público-alvo;
- Parcerias estratégicas estabelecidas para ampliar o alcance do projeto;
- Relatórios com dados sobre o atendimento prestados às mulheres e crianças vítimas de violência;
- Feedback e ajustes com base em projeto piloto.