Parceria com Prefeitura da Capital irá implementar sistema de mediação em Libras para atendimento a pessoas surdas
“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”
A partir de uma parceria com a Prefeitura de da Capital, será implementado na Defensoria Pública um projeto piloto de mediação de comunicação em Libras para atendimento a pessoas com deficiência auditiva e surdas.
A chamada Central de Intermediação em Libras (CIL), da Prefeitura paulistana, é um serviço de intermediação entre Libras e português por meio de vídeo chamada, que permite a comunicação entre pessoas com deficiência auditiva e ouvintes.
O sistema ficará disponível no atendimento inicial da Capital (Boa Vista, nº 150) e no Núcleo de Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência. Por meio dele, a equipe da Defensoria poderá oferecer orientações jurídicas em Libras com ajuda de computador, tablet ou celular, facilitando o atendimento ao público surdo.
O Defensor Público-Geral, Davi Depiné, ressaltou que a iniciativa para a parceria, que partiu do Núcleo de Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência, é fundamental para aprimorar a atuação da instituição em questões que ela própria cobra de outros entes. “A parceria com o Município permite a adoção desse tipo de ferramenta de maneira mais rápida e menos onerosa para a instituição”, afirma.
“A instalação desse serviço é muito importante para garantirmos acessibilidade às pessoas surdas que buscam nosso atendimento e têm essa barreira de comunicação”, diz a Defensora Renata Tibyriçá, Coordenadora do Núcleo de Direitos do Idoso e da Pessoa com Deficiência, ressaltando a necessidade do sistema para possibilitar que surdos tragam suas demandas jurídicas à Defensoria.
O Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência, Cid Torquato, que esteve na Defensoria nesta semana conhecendo o espaço de atendimento da Rua Boa Vista 150, destacou que a ferramenta garante autonomia para a pessoa surda. “Estamos longe de uma situação em que a gente consiga ter intérprete de Libras ou alguém que fale Libras em cada ponto de atendimento. Então, com o serviço remoto, por videoconferência, a gente consegue oferecer um serviço de altíssima qualidade, sob demanda, em qualquer lugar, o tempo inteiro.” O serviço deve ser instalado até o final de julho.