Defensoria pede informações sobre inclusão de gestantes e puérperas em grupo prioritário para vacinação contra Covid-19 no Estado
“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”.
A Defensoria Pública de SP, por meio de seu Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres (Nudem), enviou um ofício à Secretaria de Saúde de SP com questionamentos sobre a inclusão de gestantes e puérperas no calendário do plano estadual de vacinação, além de outras medidas de prevenção contra a Covid-19 destinadas a esse grupo.
Recentemente, o Ministério da Saúde incluiu as gestantes e puérperas (com comorbidades e também sem) como grupo prioritário para a campanha da vacinação, por meio de atualização da 6ª edição do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.
De acordo com o estudo publicado na revista “International Journal of Gynecology and Obstetrics”, utilizando dados do Ministério da Saúde, 77% de todas as mortes de gestantes e lactantes por Covid-19 no mundo ocorreram no Brasil.
No ofício enviado à Secretaria de Saúde de SP na última sexta (30), as Defensoras Paula Sant’Anna Machado de Souza e Nálida Coelho Monte, Coordenadoras do Nudem, listaram outras medidas que consideram centrais para a diminuição da mortalidade materna, além da inclusão das gestantes e puérperas no grupo prioritário para vacinação diante do novo posicionamento do Ministério da Saúde. São elas: a distribuição de máscaras PFF2/N95 às gestantes e puérperas, a promoção de campanhas informativas sobre os riscos da Covid-19 na gestação e no pós-parto, a testagem de todas as gestantes e puérperas com sintomas ou que tiveram contato com pessoas sintomáticas , acompanhamento pré-natal e medidas que garantam internação em UTI em instituições de acompanhamento obstétrico de qualidade (sete dias por semana, 24 horas por dia) para gestantes e puérperas.
Na manifestação, elas citam dados do último “Boletim Epidemiológico Especial: doença pelo coronavírus – Covid-19”, elaborado pela Secretaria de Vigilância do Ministério da Saúde, que aponta 291 casos confirmados de SRAG em gestantes decorrentes de COVID-19, 149 casos não especificados e 116 casos em investigação e mostram que SP tem um dos maiores índices do Brasil, “o que torna urgente o cumprimento do Plano Nacional”.