Cerca de 400 pessoas participam de homenagem ao Dr. Waldir Troncoso Peres realizada pela Defensoria e IDDD

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”

Publicado em 17 de Junho de 2009 às 12:00 | Atualizado em 17 de Junho de 2009 às 12:00


A homenagem ao Dr. Waldir Troncoso Peres promovida pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE/SP) e o Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD), na última segunda (15/06), reuniu cerca de 400 pessoas no Salão Nobre da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. O tributo foi realizado com um Júri simulado com o tema “paixão” e grandes nomes do direito criminal.

Após sustentações orais das Tribunas de Acusação e de Defesa, o Presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBBCRIM), Dr. Sérgio Mazina Martins, que presidia o júri proclamou o resultado: a paixão foi absolvida por 166 a 41 votos. A Tribuna de Defesa foi composta pelo ex-Ministro da Justiça, Dr. Márcio Thomaz Bastos, e a Defensora Pública Coordenadora do Núcleo de Segunda Instância e Tribunais Superiores, Dra. Daniela Sollberger Cembranelli, e a Tribuna de Acusação composta pelo advogado criminalista, Dr. Alberto Zacharias Toron, e do Promotor de Justiça, Dr. Roberto Tardelli.

Também durante o evento foi descerrada placa com o nome do Dr. Waldir Troncoso Peres e que será fixada na Unidade do Júri da Defensoria Pública na Capital. A ocasião contou com a participação do defensor público Adenor Ferreira, decano da Defensoria Pública no Júri. Foram ainda entregues homenagens a Sra. Maria do Carmo Andrade Peres, ao Desembargador Moacir Andrade Peres e Maria Bernadete Antoniali Peres, respectivamente esposa, filho e nora do homenageado.

“A Defensoria Pública do Estado de São Paulo se orgulha pelo fato de guardar a figura do Dr. Waldir como uma eterna referência. Não podemos deixar de registrar que ele passou doze anos de sua vida profissional atuando no Tribunal do Júri da Procuradoria de Assistência Judiciária, que é o embrião da Defensoria Pública de São Paulo” afirmou a Defensora Pública-Geral do Estado de São Paulo, Cristina Guelfi  Gonçalves, durante a abertura.

Participaram, ainda, da abertura do evento o Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Gilmar Mendes, a Presidente do IDDD, Flávia Rahal, o ex-Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, o Presidente do Conselho Deliberativo do IDDD, Arnaldo Malheiros e o Desembargador Moacir Andrade Peres, filho do homenageado.

O evento contou com o apoio da Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo (EDEPE), o Centro Acadêmico XI de Agosto, o Departamento Jurídico XI de Agosto e do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCC).

Waldir Troncoso Peres

Waldir Troncoso Peres nasceu, em 30/10/1923, em uma fazenda em Vargem Grande do Sul, em São Paulo. Veio para a Capital aos 16 anos para cursar o pré-jurídico e depois ingressou na Faculdade de Direito da USP (Largo São Francisco). Fez seu primeiro Júri aos 20 anos, quando estava no terceiro ano da faculdade. Após se formar, em 1946, abriu seu próprio escritório com um amigo.

Em 1950, foi nomeado advogado interino do Departamento Jurídico do Estado e com sua aprovação em concurso público, em 1954, foi efetivado como advogado público estadual. Em 1969 passou atuar na Procuradoria de Assistência Judiciária (PAJ), prestando assistência jurídica à população carente de São Paulo. Aposentou-se como procurador do Estado em 1986.

Recebeu a Medalha Anchieta, concedida pela Câmara Municipal de São Paulo; o prêmio da Balança e da Espada, conferido pela OAB/SP; e do Colar de Mérito Judiciário, concedido pelo Tribunal de Justiça do Estado.

Realizou mais de 1.000 júris, tendo atuado como advogado até 2004, quando sofreu um acidente vascular cerebral e encerrou a carreira, aos 80 anos. Faleceu em abril de 2009, aos 85 anos. É considerado um dos maiores tribunos de defesa que a advocacia criminal conheceu.

 “O advogado deve acreditar no que faz e ir para o júri com a convicção que o homem necessita de defesa, porque o valor supremo do qual todos os outros dependem, é a liberdade” (Waldir Troncoso Peres).

 

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