Defensoria inaugura exposição de desenhos “Lei Maria Da Penha: como podemos construir um futuro sem violência contra as mulheres?”, feita por alunos da rede pública estadual

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”.

Publicado em 21 de Novembro de 2019 às 09:00 | Atualizado em 21 de Novembro de 2019 às 09:00

 
 
Foi inaugurada nesta quinta-feira (21/11), no hall do edifício-sede da Defensoria Pública de SP, a exposição de desenhos “Lei Maria Da Penha: como podemos construir um futuro sem violência contra as mulheres?”. A mostra é resultado de uma iniciativa da Defensoria em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, que promoveram um concurso de desenhos entre alunos e alunas da rede pública estadual como maneira de debate e conscientização sobre o tema.  A exposição poderá ser visitada até 10/12, entre 9h às 18h.
 
No total, foram recebidos 8.432 desenhos, dentre os quais 183, oriundos de 83 Diretorias de Ensino, participaram da fase final do processo seletivo. O primeiro colocado ilustrará a capa da Cartilha Maria da Penha que a Defensoria lançará em breve, e o segundo ilustrará página interna da publicação. Cerca de 20 delas integram a exposição. O objetivo do concurso foi permitir que professores conversem sobre a violência contra as mulheres com alunos e alunas em sala de aula.
 
 
 
Na cerimônia de abertura da exposição, o Defensor Público-Geral, Davi Depiné Filho, afirmou em nome da Defensoria que se sente feliz em participar da iniciativa e sediar a exposição. “Na verdade, somos os coadjuvantes de um projeto cujos protagonistas são os estudantes e educadores que participaram”, disse. Ele ressaltou a parceria com a pasta de Educação em torno do objetivo de pautar tema tão importante entre jovens que estudam na rede pública. “Cada ilustração possui uma proposta e uma explicação, que demonstram como foi rico esse processo de discussão entre alunos e alunas”, disse.
 
O Defensor Diretor da Edepe (Escola da Defensoria Pública), Rafael Folador Strano, agradeceu a receptividade da Secretaria de Educação à ideia, desde o início. “Normalmente, quando pensamos em educação em direitos, pensamos em aulas expositivas e cursos professorais. Essa foi uma maneira diferente e inovadora de levar a educação em direitos de outra maneira, criativa e propositiva. Vimos que um concurso como esse gera muito debate, fomenta a discussão e gera mobilização de estudantes”, afirmou.
 
 
 
A iniciativa do concurso de desenhos – e utilização dos primeiros colocados para ilustrar a cartilha da Defensoria sobre o tema – partiu do Núcleo Especializado de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres e do Núcleo Especializado de Infância e Juventude, que mantiveram a interlocução com a pasta de educação para implementá-la. A Defensora Ana Carolina Oliveira Golvim Schwan (NEIJ) classificou o número de participantes como inacreditável. “Foram mais de 8 mil adolescentes que pararam para refletir sobre o tema e se expressar através dos desenhos”, disse.
 
A Defensora Paula Sant'Anna Machado de Souza (NUDEM) destacou as reflexões geradas entre estudantes e educadores. “Não foi por acaso que o concurso partiu de uma pergunta, colocada como ponto de partida. Fazer os jovens refletirem sobre ela aponta para um futuro com menos violência contra meninas, adolescentes e mulheres. Ao final, em cada uma das respostas recebidas, percebemos que há uma demanda por igualdade, que possibilita afastar a violência”, disse.
 
 
 
O concurso foi lançado em agosto, durante uma orientação técnica promovida pela Edepe e pelos Núcleos Especializados de Proteção e Defesa dos Direitos da Mulher e de Infância e Juventude da Defensoria sobre o papel da escola na valorização da mulher na sociedade. Entre os temas abordados pelos Núcleos estava o acolhimento nas escolas de alunos em condição de vulnerabilidade (negras, grávidas e vítimas de violência).