Defensoria envia ofício à Secretaria de Segurança e Comando da Polícia com questionamentos e recomendações sobre Operação Escudo
Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria recomenda o uso de câmeras corporais pela polícia
Defensoras entendem que o uso de câmeras permite maior transparência das atividades policiais
A Defensoria Pública de SP, por meio de seu Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NCDH), encaminhou ofício à Secretaria de Segurança Pública do Estado e ao Comando Geral da Polícia Militar pedindo informações sobre a nova fase da Operação Escudo. No documento, o NCDH solicita informações quanto ao planejamento da operação. Além disso, pede o envio dos boletins de ocorrência com registros de homicídio tentado ou consumado decorrente de intervenção estatal e questiona se os agentes envolvidos portavam câmeras corporais.
No texto, as defensoras Fernanda Balera, Cecília Ferreira e Surrailly Youssef, coordenadoras do Núcleo, recomendam que “todos os policiais militares e civis envolvidos nas operações Escudo portem câmeras corporais, ainda que as câmeras não estejam vinculadas às tropas em sua rotina ordinária, ou que apenas utilizem na citada operação policiais militares provenientes de batalhões que já estejam contemplados no Programa Olho Vivo, para que as imagens das ações sejam capturadas e passem por controle pelas autoridades competentes”.
"Considerando o alto índice de letalidade policial da primeira fase da Escudo e a importância da política de câmeras corporais para que haja maior transparência e controle das atividades policiais, entendemos importante que o NCDH tenha as informações necessárias para atuar na promoção de DHs e defesa das vitimas de violência", explicou Fernanda Balera.