“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”
A Defensoria Pública de SP e sua Ouvidoria-Geral realizaram nesta quinta-feira (15/12) a leitura dramática do texto de “Os Crimes do Preto Amaral", do dramaturgo e diretor Paulo Faria. O evento, realizado no Auditório da sede da Defensoria, destinou-se a Defensores e ao público interessado, com o objetivo de discutir temas relacionados à discriminação, ao preconceito e à intolerância.
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Participaram da leitura do texto o elenco do espetáculo Cine Camaleão – A Boca do Lixo, também da companhia teatral Pessoal do Faroeste: Mel Lisboa, Beto Magnani, Juliana Fagundes, Lorenna Mesquita, Roberto Leite, Thais Aguiar, Higor Vasconcelos, além da participação especial de: Daniel Alvim, Neusa Borges, Bri Fiocca e Rogério Brito – atores da montagem original.
Clique aqui para acessar o site da companhia Pessoal do Faroeste.
Tatiana Belons Vieira, coordenadora auxiliar do Núcleo de Combate à Discriminação, Rascimo e Preconceito da Defensoria, disse se tratar de uma ótima oportunidade para “discutir a peça que possui como conteúdo de fundo o preconceito e a intolerância”.
O evento foi organizado pela Ouvidoria-Geral da Defensoria, com apoio da Escola da Defensoria Pública (Edepe) e do Instituto de Defesa do Direito de Defesa (IDDD).
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Saiba mais sobre “Os crimes do Preto Amaral”
Fonte: http://www.pessoaldofaroeste.com.br/espetaculos_preto_amaral.html
SINOPSE
Inspirada na clássica história de Orfeu, a peça relata os crimes cometidos na década de 20 por aquele que é considerado o primeiro serial killer brasileiro, Preto Amaral.
Na São Paulo da década de 20, Eurídice é uma jovem advogada contrária à doutrina da eugenia, defendida pelo clã de Dr. Apollo de Freitas, propagador da idéia da eugenia no Brasil. Dr. Apollo é pai do médico Dr. Orfeu de Freitas, e noivo de Eurídice. No dia do casamento do casal, a jovem advogada fica sabendo do caso de Preto Amaral e, indignada com o fato do homem não ter tido uma defesa e ser pré-julgado, assim que retorna da sua lua de mel, resolve assumir o caso, indo contra seu marido.
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SOBRE A PEÇA
Inspirado no mito grego de Orfeu, a peça Os Crimes do Preto Amaral estreou no dia 6 de outubro de 2006. A montagem também inaugurou a Sede Luz do Faroeste, espaço da Cia Pessoal do Faroeste, que instala sua sede no bairro de Campos Elíseos, próximo à Estação da Luz/Marechal Deodoro e o Centro, regiões cada vez mais efervescentes culturalmente.
Projeto selecionado pelo edital de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo / 2006 da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, Os Crimes do Preto Amaral teve apoio do Museu da Energia, Fundação da Energia e Saneamento, FUNAP (Fundação de Amparo ao Preso) e o IDDD (Instituto de Defesa ao Direito à Defesa).
O ponto de partida para a montagem de Os Crimes do Preto Amaral foi a tese apresentada por Paulo Fernando de Souza Campos em seu doutoramento na Universidade Estadual Paulista – UNESP. O estudo analisou crimes ocorridos na passagem de 1926 para 1927, atribuídos a José Augusto do Amaral (que morreu sem ser julgado) e conclui que o fato de o acusado ser negro contribuiu para sua condenação. Na época, muitos acreditavam que os negros e os pobres eram violentos e tinham herdado essa característica de seus antepassados. Mentalidade desenvolvida a partir do darwinismo social que culminou no nazismo. Curiosidade é que o caso envolvendo os crimes de Preto Amaral está no Museu do Crime, da Usp.
Os únicos personagens históricos reais do espetáculo são Preto Amaral e as mães das vítimas de seus crimes. O restante é inspirado em figuras que fazem parte da história de Orfeu e personagens da história de São Paulo. Os crimes supostamente cometidos, na vida real, por Preto Amaral são recriados a partir da novela de suspense escrita pelo personagem Hemineu - um jornalista amigo do casal. Notícias sobre os crimes também servem como base para a peça. As cenas acontecem como flashback e vão se sobrepondo.
Durante a fase de produção da montagem, o grupo aproveitou o tema da peça para desenvolver oficinas artísticas, no Museu da Energia, com ex-presidiários e população carente da região. Dessas oficinas foram selecionados o estagiário de produção do espetáculo, o eletricista e o segurança do espaço.
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FICHA TÉCNICA
Direção geral e dramaturgia
Paulo Faria.
Elenco
Adão Filho, Álvaro Franco, Bri Fiocca, Charles Braun, Daniel Morozetti Eduardo Gomes, Ênio Gonçalves, Erika Altimeyer, Igor Kovalewski, Iratã Rocha, Isadora Ferrite e Sílvia Borges.
Músico
Pedro Birenbaum.
Co-diretor
Iarlei Rangel.
Direção Musical e preparação vocal
Carlos Bauzys e Denise Venturini. Iluminação – Lúcia Chedieck.
Cenografia e figurino
David Schumaker.
Sonoplastia
Jorge Peña.
Supervisão Histórica
Dr Paulo Campos.