Após recomendação da Defensoria, Prefeitura da Capital anuncia que iniciará vacinação de pessoas em situação de rua acima de 60 anos
“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”.
Após recomendação emitida pela Defensoria Pública de SP, o Município de São Paulo anunciou que vai começar a vacinar a partir desta sexta-feira (12/02) as pessoas em situação de rua com mais de 60 anos.
A Defensoria, por meio do seu Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos, havia enviado ofício à Secretaria de Saúde do Município recomendando a inclusão das pessoas em situação de rua no grupo prioritário para vacinação contra a Covid-19. No documento, assinado pelo Defensor Davi Quintanilha Failde de Azevedo e pelas Defensoras Fernanda Penteado Balera e Letícia Marquez de Avelar, é apontado que “a população em situação de rua está ainda mais exposta tanto ao vírus quanto a diversas outras formas de violência que já perpassam situações não excepcionais e que tem enfrentado obstáculos ainda maiores para acessar seus direitos”. Reitera ainda que esse grupo populacional está extremamente suscetível à contaminação de doenças e consequentemente com efeitos/complicações mais graves, por já terem seu estado de saúde fragilizado.
O Prefeito da Capital, Bruno Covas, anunciou que, atendendo à recomendação da Defensoria e outra feita pelo Ministério Público (MP-SP), a Prefeitura pretende destinar 2,2 mil vacinas a pessoas em situação de rua com mais de 60 anos.
Ao tomar conhecimento da decisão, Fernanda Balera comentou: “As pessoas em situação de rua estavam classificadas como grupo de risco no Plano Nacional de imunização, mas não havia um indicativo de em qual fase da imunização esse grupo seria contemplado e quando, de fato, a vacinação começaria e isso levou a Defensoria a provocar a Prefeitura para que houvesse um indicativo de quando a imunização seria realizada”.