Concurso público

44 Defensoras e Defensores Públicos são nomeados após aprovação no 9º concurso de ingresso na carreira

Mais de 8 mil candidatos disputaram 70 vagas, das quais 30% foram destinadas a pessoas negras e indígenas, 5% para pessoas com deficiência e 2% para pessoas trans

Publicado em 18 de Abril de 2024 às 14:32 | Atualizado em 18 de Abril de 2024 às 14:32

Unidade de Atendimento Inicial Cível na cidade de São Paulo, localizada na Rua Boa Vista, 200, Centro da capital

Unidade de Atendimento Inicial Cível na cidade de São Paulo, localizada na Rua Boa Vista, 200, Centro da capital

Foram publicados nesta quinta-feira (18) no Diário Oficial dois Atos do Defensor Público-Geral do Estado, Florisvaldo Fiorentino Júnior, nomeando 44 Defensoras e Defensores Públicos novos aprovados no 9º Concurso de Ingresso na Carreira. Desse total, 40 são vagas disponibilizadas pelo novo certame e as demais são reposições de profissionais que deixaram a carreira.

Clique nos links a seguir para conferir os Atos: 4 nomeações; 40 nomeações. 

Homologado no dia 5 de abril, o certame disponibilizou 70 novas vagas, das quais 30% foram destinadas a pessoas negras e indígenas, 5% para pessoas com deficiência e 2% para pessoas trans. Mais de 8 mil candidatos e candidatas participaram da primeira fase do concurso. 

Foram aprovados 55 candidatos e candidatas na lista geral de ampla concorrência; 5 pessoas com deficiência; 27 pessoas negras e indígenas; e 2 pessoas trans. Um dos candidatos figura tanto na lista geral quanto na de negros/as e indígenas, portanto, no total são 88 pessoas aprovadas. Todas as vagas previstas no edital, 44 de ampla concorrência, 21 para negros/as e indígenas, 4 para PCDs e 1 para pessoa trans, foram preenchidas.   

"Trata-se do concurso público da esfera jurídica com o maior número de vagas preenchidas na esteira das políticas afirmativas. Também é o primeiro concurso público do país, não só na esfera jurídica, a assegurar a aprovação de pessoas trans em vagas reservadas para esse grupo", afirmou o corregedor-geral da DPE-SP, Davi Depiné, durante a leitura de seu voto como relator do processo no Conselho Superior da instituição. 

"Esse concurso é um marco para a Defensoria de São Paulo", disse a defensora pública Juliana Belloque, presidente da banca examinadora do concurso. "Ficamos muito satisfeitos com o êxito das ações afirmativas no certame, o que há algum tempo buscamos alcançar. A diversidade vai fortalecer ainda mais a Defensoria na sua missão de promoção dos direitos humanos e superação das desigualdades. Estou certa de que este grupo de novos defensores enriquecerá muito a instituição, que precisa do reforço em seu quadro de defensores para atender a população carente", completou.   

O 9º Concurso de Ingresso na Carreira de Defensor Público do Estado de São Paulo trouxe outras inovações, como a composição da banca examinadora que observou a paridade de gênero e as participações de 20% de pessoas negras ou indígenas e de 5% de pessoas com deficiência. O conteúdo programático também refletiu temáticas relevantes, como racismo, relações de gênero, diversidade sexual e capacitismo, bem como o status jurídico das mulheres, negros/as, indígenas, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência.