Evento na sede Defensoria Pública de SP apresenta pesquisa sobre comunidades afetadas por remoções na Capital
“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”
Um evento realizado na sede da Defensoria Pública de SP na última quinta-feira (27/9) apresentou os primeiros números obtidos pelo Observatório de Remoções – projeto que pretende mapear informações sobre os impactos sofridos por comunidades removidas por operações do poder público na cidade de São Paulo.
O estudo é realizado pelo Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos (LabHab) e Laboratório do Espaço Público e Direito à Cidade (LabCidade) – ambos da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP – e sistematiza dados sobre o tema por pesquisas realizadas no âmbito acadêmico, além de informações obtidas junto à Defensoria Pública, Relatoria Especial para o Direito à Moradia Adequada da Organização das Nações Unidas (ONU), ONGs e outras entidades.
Em sua primeira análise, o Observatório de Remoções afirma que, nos últimos anos, mais de 7,5 mil famílias foram removidas de suas casas na Capital paulista. Outras milhares que vivem em quase 500 comunidades localizadas em áreas que são alvos de intervenção urbanística podem passar pelo mesmo processo.
Para a Coordenadora do Núcleo de Habitação e Urbanismo da Defensoria Pública, Anaí Arantes Rodrigues, “o problema habitacional em São Paulo é muito grande e uma grande dificuldade para encontrar soluções é justamente a ausência de um mapeamento das informações sobre o tema. O Observatório vai contribuir para identificar problemas comuns às comunidades e partir daí poderemos, acadêmicos, operadores do direito, movimentos sociais e gestores públicos que atuam nessa área, encontrar as soluções mais adequadas”.
Os dados da pesquisa estão disponíveis no blog do Observatório de Remoções – clique aqui para acessá-lo.