Defensoria Pública em Itaquaquecetuba promove capacitação a homens que integram os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”

Publicado em 1 de Agosto de 2017 às 16:00 | Atualizado em 1 de Agosto de 2017 às 16:00


A Defensoria Pública em Itaquaquecetuba iniciou ontem (31) o seminário “Gênero e masculinidades”, voltado para a formação de homens que integram os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica. O curso de formação tem o apoio do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres e seguirá até o dia 18 de dezembro, com aulas todas às segundas-feiras.
 
Participaram da capacitação mais de 100 homens, entre os quais guardas municipais, profissionais da saúde, da área social, da segurança, líderes comunitários, entre outros. Além deles, diversas autoridades estiveram presentes ao evento, como o Defensor Público-Geral, Davi Depiné, o Prefeito de Itaquaquecetuba, Mamoru Nakashima, e o Prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi.
 
 
O Defensor Público Anderson de Almeida Silva, idealizador do seminário, destacou a importância de capacitar agentes públicos que atuam no atendimento às mulheres em situação de violência doméstica. “Esse tipo de iniciativa favorece a criação de um caldo cultural para que homens possam ser multiplicadores de atitudes contrárias às ideias de sociedade patriarcal, machista e violenta”, disse ele.
 
A Defensora Coordenadora do Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos das Mulheres, Ana Rita Prata, apontou que o objetivo do seminário é “fazer com que esses agentes públicos pensem sobre como a sociedade possui uma masculinidade dominante responsável por perpetuar o machismo e, consequentemente, promover discriminação e violência contra a mulher”, disse ela. “É essencial para construirmos uma sociedade mais justa e igualitária que homens e mulheres convivam de forma respeitosa e sem violência”, completou.