Índios mato-grossenses participam de curso da Defensoria Pública de São Paulo para denunciar situação dos kaiowá guarani

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”

Publicado em 7 de Maio de 2010 às 17:00 | Atualizado em 7 de Maio de 2010 às 17:00

No próximo sábado, 8 de maio, o curso “A questão Indígena: Caminhas e Desafios”, realizado pela Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, contará com a presença de índios mato-grossenses, que falarão sobre a dramática situação por que passam mais de 40 mil índios kaiowá guarani.

Entre as reivindicações, o grupo pede que a Polícia Federal se empenhe em localizar o corpo do professor Olindo Vera, desaparecido há mais de seis meses e a punição dos assassinos do professor Genivaldo Vera e dos acusados do assassinato de Marcos Verón, liderança guarani.

Em carta elaborada pelos líderes Kurusu Ambá, Ypo’í, Laranjeira Nhanderu, Taquara e Nhanderu Marangatu, os índios também relataram a dramática situação em que se encontra a comunidade Laranjeira Nhanderu, despejada na beira da BR-163, em setembro de 2009, encontrando-se em situação de extrema insalubridade, violência e miséria.

“Sabemos que essa situação só vai melhorar com a nossa efetiva luta de apoio dos aliados e amigos no Brasil e pelo mundo afora. É por isso que estamos aqui em São Paulo nesses dias”.

Os índios ficarão na cidade até o próximo sábado, 8 de maio. Nesse dia, às 9h, estarão na Rua Fernando de Albuquerque, 155, Consolação, onde falarão aos participantes do curso organizado pelo Núcleo de Combate à Discriminação e Preconceito da Defensoria Pública do Estado de São Paulo com o apoio da Escola da Defensoria Pública do Estado de São Paulo.