Defensoria de Mogi das Cruzes pede interdição da cadeia de Poá por superlotação e falta de estrutura

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”

Publicado em 10 de Fevereiro de 2008 às 21:00 | Atualizado em 10 de Fevereiro de 2008 às 21:00

A Defensoria Pública Regional de Mogi das Cruzes pediu nesta quinta (07/02) a interdição da cadeia pública do município de Poá e a remoção de todas as presas do local. O estabelecimento penal sofre de superlotação e falta de condições estruturais e de higiene para as presas.

A cadeia, que tem capacidade para 24 pessoas, abriga 100 presas, sendo que 30 delas já possuem condenação. Segundo o defensor público Rafael de Souza Miranda, que assina a ação e visitou a cadeia, “a permanência das presas na cadeia no estado em que se encontra pode implicar prejuízos para a saúde delas, pois há existência de mofo e forte odor no local e a higiene é inadequada. Há ainda, como constatado por perito criminal, perigo de curto-circuito e incêndio no prédio decorrente do crítico estado do sistema elétrico, o que pode implicar lesões graves e até a morte das detentas, funcionários e visitantes do estabelecimento prisional”.

O pedido de interdição foi feito em procedimento da Vara de Execução Criminal de Poá, no qual se apura as condições da cadeia para custódia das presas.
 

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