IX Ciclo de Conferências da Defensoria Pública reúne mais de 140 pessoas em São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Santo André
Aperfeiçoar o atendimento da Defensoria é o objetivo do Ciclo de Conferências, que acontece a cada dois anos
Neste sábado (26/8), a unidade da Defensoria Pública de SP da Praia Grande foi palco de uma animada e produtiva pré-conferência, que contou com a presença de 164 pessoas entre munícipes e representantes de movimentos sociais de moradia, direitos humanos e comunidades indígenas. A diversidade de participantes trouxe diferentes perspectivas e propostas para o debate sobre as expectativas em relação à atuação da Defensoria Pública.
Um dos momentos mais marcantes do evento foi a apresentação musical das tradições da comunidade indígena Takoá Mirim, que trouxe um toque cultural à pré-conferência, compartilhando suas raízes e expressões artísticas com os presentes. Além disso, o grupo da melhor idade e infantil do Programa de Integração e Cidadania (PIC) Quietude também contribuíram para o clima festivo e colaborativo do encontro realizando apresentações de dança.
“Agradeço à Defensoria pelo espaço de diálogo. Esta é a primeira conferência que venho e a minha comunidade veio com muita gente para participar”, afirmou o cacique Edmilson, da comunidade Takoá Mirim. “A gente fez propostas para melhorar nossas condições de vida e desejamos que a Defensoria faça um mutirão no nosso local de moradia porque as pessoas de lá têm dificuldade para acessar a Defensoria”, explicou.
Além do debate de ideias e apresentação de propostas, a pré-conferência na Praia Grande teve como objetivo central a eleição de delegados/as que representarão a região na próxima etapa do IX Ciclo de Conferências: a conferência regional, que será realizada em novembro. Das 27 pessoas inscritas para serem delegados/as, sete foram eleitos/as, juntamente com quatro suplentes, refletindo o engajamento e a vontade de contribuir com o aprimoramento das ações da Defensoria Pública.
Durante as discussões, foram debatidos temas como políticas de atendimento, educação em direitos humanos, infância e juventude, diversidade e igualdade racial, entre outros. Foram marcantes as presenças de representantes da União dos Movimentos de Moradia, Movimento Mães de Maio, Movimento Pró-Moradia - Sítio do Campo, da Central de Movimentos Populares, entre outros.
“A pré-conferência foi muito boa e produtiva e contou com a presença em peso da sociedade”, ressaltou o defensor público Victor Luiz Oliveira da Paz, da unidade Guarujá e membro do Núcleo de Situação Carcerária (Nesc). “Tivemos debates muito profundos e relatos muito fortes de familiares de pessoas que estão encarceradas, que mostraram as dificuldades e as inúmeras violações de direitos no sistema carcerário”, destacou o defensor, que mediou o diálogo no grupo temático sobre situação carcerária.
Ao todo, nove propostas foram eleitas para serem levadas à conferência regional do Ciclo de Conferências, demonstrando a abrangência dos tópicos abordados e o comprometimento dos participantes em promover mudanças positivas na sociedade - não foi apresentada nenhuma proposta relacionada ao tema de direito do consumidor.
“É a primeira vez que estou participando do Ciclo de Conferências. Os temas são importantes e viemos falar sobre moradia e habitação. Nós que somos de movimento de moradia dependemos muito do apoio da Defensoria e esperamos que seja feita alguma coisa com as propostas que foram feitas”, ressaltou Josias da Silva, do Movimento Pró-Moradia Sítio do Campo.
A pré-conferência em Praia Grande se destaca como um exemplo de participação cidadã e diálogo entre diferentes setores da sociedade. Com a eleição dos delegados e a definição das propostas, a conferência regional do Ciclo de Conferências se aproxima, prometendo continuar a ampla discussão e a busca por soluções que beneficiem a população e reforcem o papel fundamental da Defensoria Pública na garantia dos direitos e na promoção da justiça social.
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