Defensoria Pública de SP realiza II Congresso Brasileiro de Atuação Interdisciplinar nas Defensorias Públicas

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”

Publicado em 29 de Novembro de 2017 às 16:30 | Atualizado em 29 de Novembro de 2017 às 16:30

Começou hoje o II Congresso Brasileiro de Atuação Interdisciplinar nas Defensorias Públicas, promovido pela Defensoria paulista na cidade de São Paulo. O objetivo é reunir profissionais de diferentes áreas para debater e compartilhar conhecimentos acerca da atuação interdisciplinar no trabalho da instituição.
 
A edição deste ano, que segue à tarde e termina amanhã (30), traz o tema “Caminhos Extrajudiciais, Judiciais e Intersetoriais para o Acesso à Justiça”.

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“Se a Defensoria pressupõe a si a prestação de uma assistência jurídica integral, essa ideia perpassa a interdisciplinaridade. Uma questão jurídica traz questões de ordem psicológica, assistencial, que têm de ser defendidas por uma instituição que se supõe capaz de prestar assistência jurídica integral”, disse na abertura do evento o Defensor Público-Geral de SP, Davi Depiné.

O Defensor Gustavo Junqueira, diretor da Escola da Defensoria Pública do Estado, ressaltou a importância do congresso para a construção de um conhecimento específico no trato com pessoas vulneráveis, traço peculiar à Defensoria. “Eventos como esse podem instruir o saber para buscar soluções e fundamentar decisões judiciais”, disse.

Segundo a Agente de Defensoria Paula Cavalcante, Psicóloga do Grupo de Apoio Interdisciplinar (GAI), a programação é toda voltada a ampliar as possibilidades de atuação da instituição para resolver as complexas demandas que aportam em suas unidades. Para isso, ela ressaltou a necessidade de conexão entre as Defensorias no compartilhamento de ferramentas de trabalho, em um momento de precarização de políticas públicas.

Para o Ouvidor-Geral da Defensoria, Alderon Costa, o diálogo entre as diferentes áreas do saber permite considerar os variados aspectos de cada pessoa assistida pela instituição. “O atendimento disciplinar nos é muito caro, pois nos permite enxergar a integralidade dos usuários e usuárias que buscam nossos serviços.”

“Interdisciplinaridade é muito mais uma postura que uma tecnologia. Se dá num encontro e postura de abertura ao diálogo, ao outro. O trabalho interdisciplinar tem uma renúncia ao tudo saber, e assumir que não se sabe tudo. Só que aí vem o desafio: como fazer uma postura virar uma política institucional?”, disse a Agente da Defensoria Melina Miranda, Assistente Social do GAI.

Representante da Uninove, Clarice Moraes Reis, coordenadora do curso de direito no Campus Vergueiro, onde o evento ocorre, ressaltou a importância do evento e que a sociedade ainda necessita muito do trabalho da Defensoria Pública.

O congresso recebeu inscrições de 452 pessoas de São Paulo, Mato Grosso, Bahia, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima e Tocantins.