Rio Claro: Defensoria Pública de SP realiza projeto de educação em direitos sobre sistema eleitoral com adolescentes em escolas e na Fundação Casa

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”

Publicado em 18 de Novembro de 2014 às 14:00 | Atualizado em 18 de Novembro de 2014 às 14:00

A Defensoria Pública de SP realizou na cidade de Rio Claro (a 173 km da Capital), em setembro e outubro, um projeto de educação em direitos sobre o sistema eleitoral brasileiro, voltado a adolescentes que já podem votar. O trabalho foi desenvolvido pelo Defensor Público Adriano Pinheiro Machado Buosi, que visitou e ministrou palestras para alunos de nove escolas estaduais da cidade e para jovens internados na unidade rioclarense da Fundação Casa.

 

  

 

O Defensor Público falou sobre os sistemas eleitoral e político brasileiros e tirou dúvidas dos adolescentes sobre temas como Constituição Federal, separação de poderes, formas de Estado e governo, o trabalho da Defensoria Pública, políticas públicas voltadas a pessoas carentes, união homoafetiva, criminalização das drogas e liberdade de expressão, entre outros.

 

Foi distribuída aos jovens uma cartilha elaborada pelo Defensor Público, que explica o funcionamento do sistema eleitoral, a divisão de Poderes e as formas de participação política no Brasil. O material também foi disponibilizado no Fórum de Rio Claro, onde a Defensoria Pública mantém sua unidade.

 

  

 

Projeto de prática social

 

Adriano, aprovado no V Concurso Público de Ingresso na Carreira de Defensor Público, elaborou a atividade como projeto de prática social exigido pela Escola da Defensoria Pública (Edepe) como um dos requisitos a serem cumpridos durante o estágio probatório dos novos Defensores. O projeto teve como orientadora a Defensora Pública Bruna Rigo Leopoldi Ribeiro Nunes.

 

Cerca de 1.100 estudantes participaram das atividades, estima Adriano, que ministrou palestras em 13 das 25 turmas de Ensino Médio, de 1º, 2º e 3º anos, das escolas estaduais do município. O projeto deve ter continuidade nos próximos anos, segundo o Defensor Público.

 

Aproximação

 

“Fiquei surpreso positivamente quanto à abertura dos jovens para as informações passadas. Acreditava inicialmente que seria difícil despertar o interesse dos adolescentes e jovens eleitores para as questões trazidas. A experiência demonstrou que o público juvenil tem extremo interesse em entender a divisão do Poder no Estado brasileiro, apresentando forte potencial crítico e grave vontade de mudanças. A falta de informações neste cenário impossibilita a articulação da sociedade para o entendimento de seus direitos e deveres e para a cobrança de políticas públicas e do exercício legal e moral do poder político brasileiro”, afirmou o Defensor Adriano em relatório sobre a atividade.

 

  

 

O Defensor disse que as visitas permitiram uma maior aproximação entre os jovens e a Defensoria Pública na área de Infância e Juventude, na qual trabalha Adriano. Ele ressaltou que conseguiu verificar pessoalmente as condições em que os adolescentes estudam, o que poderá ajudar em seu trabalho como Defensor, e colocou a instituição à disposição para atendê-los e elaborar novos projetos em parceria com as escolas.