Defensoria Pública de SP participa de seminário para enfrentamento da violência contra pessoas com deficiência

“Esta atuação faz parte do compromisso da Defensoria Pública de São Paulo enquanto instituição autônoma e comprometida com os valores do acesso à Justiça e dos Direitos Humanos”

Publicado em 27 de Novembro de 2014 às 15:00 | Atualizado em 27 de Novembro de 2014 às 15:00

 

A Defensoria Pública de SP integrou nesta quinta-feira (27/11) as atividades do seminário estadual “Enfrentamento da Violência contra Pessoas com Deficiência”, organizado pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, na Capital.

O Defensor Público-Geral, Rafael Valle Vernaschi, compôs mesa durante a solenidade de abertura. A Defensora Pública Coordenadora do Núcleo Especializado do Idoso e da Pessoa com Deficiência, Renata Flores Tibyriçá, participou do painel que tratou das ações e desafios institucionais no enfrentamento à violência contra pessoas com deficiência, abordando o papel do Núcleo Especializado da Defensoria Pública.

O seminário tem por objetivo capacitar agentes públicos a lidar com esses casos de violência, debatendo e propondo iniciativas que fortaleçam a rede de proteção e responsabilização, ofereçam apoio aos familiares e criem alternativas para que a pessoa com deficiência tenha mais autonomia. O evento integra as ações do Programa Estadual de Prevenção e Combate da Violência contra Pessoas com Deficiência.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao lado da faixa etária, gênero e situação socioeconômica, a deficiência está entre os diferentes fatores que podem aumentar a exposição da pessoa a atos de violência.

Entre 2011 e meados de 2014, o serviço Disque 100 registrou quase 8 mil denúncias de violência contra pessoas com deficiência em São Paulo. O tipo de violência mais recorrente foi o de negligência (32%), seguido de violência psicológica (29%), violência física (20%), violência financeira (12%) e violência sexual (4%). Em 72% dos casos, o agressor pertencia à família da vítima.

Além disso, após a inserção de um campo específico nos boletins de ocorrência pela polícia paulista, contabilizaram-se mais de 4 mil casos de violência contra pessoas com deficiência em apenas três meses.